Após quatro anos no topo, o cantor sertanejo Gusttavo Lima enfrenta a primeira grande crise de sua carreira, com queda no valor do cachê, diminuição de shows e ausência nas rádios

O cantor sertanejo Gusttavo Lima, conhecido como o “Embaixador“, está enfrentando a maior crise de sua carreira. Após quatro anos consecutivos como o artista sertanejo mais tocado do país, Lima não figura entre as 10 músicas mais executadas no primeiro semestre de 2023. A informação foi divulgada pela Crowley, a maior empresa do mundo que audita as músicas mais tocadas nas principais emissoras de rádio.

Além da queda nas rádios, o cantor também enfrenta uma crise em seus shows. Segundo o Movimento Country, a agenda de Gusttavo Lima é a pior desde 2016, com apenas 10 shows por mês. A queda no número de apresentações está associada a diversos fatores, incluindo a defasagem e o desgaste de seu repertório, declarações polêmicas e machistas durante seus shows, e a associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvido em diversos escândalos de corrupção.

Outro ponto que contribuiu para a crise na carreira do cantor foi o escândalo conhecido como “CPI do Sertanejo”, que apontava cachês milionários e desproporcionais pagos para o cantor em municípios pequenos no interior do país. Essas acusações desgastaram a imagem do cantor junto ao público e aos contratantes, especialmente as prefeituras, que não querem ser associadas a acusações de pagamento de cachês superfaturados.

Alguns fatores contribuíram para a crise na carreira do cantor. O primeiro tem a ver com o seu repertório que está defasado e desgastado. Apostando na Bachata desde 2018, o cantor sertanejo importou o gênero da Costa Rica e viu se repertório se esgotar ao longo dos últimos anos e já pretende colar no Agronejo, estilo encabeçado por artistas como Us Agroboys, Luan Pereira e Leo e Raphael, para não perder o espaço no mercado. Já existem expectativas para o primeiro lançamento com Ana Castela, que estourou o ano passado com o “hit” Pipoco.